quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Irmãos Coragem - A novela que marcou a história

(Tarcísio, Cláudio Cavalcanti, Macedo Netto, Myriam Pérsia e Cláudio Marzo) Janete Clair escreveu em 1970 a novela “Irmãos Coragem”, para ser exibida pela Rede Globo, no horário das 20h. Sua trama surgiu de várias idéias juntas, um verdadeiro bolo de criação feito a quatro mãos: Daniel Filho (diretor) queria fazer uma história sobre os “Irmãos Karamázov”, mas a personagem que Janete escreveu para Zilka Salaberry tinha muito de “Mãe Coragem”, e daí surgiu o nome de “Irmãos Coragem”.

A história se passava na cidade de Coroado – erguida num terreno pantanoso da Zona Oeste do Rio, onde hoje está situado o BarraShopping-, com a luta dos irmãos quando a injustiça maior cai sobre o mais velho (João/Tarcísio Meira), que tem seu diamante roubado. Além do amor sofrido de Jerônimo (Cláudio Cavalcanti) e a índia Potíra (Lúcia Alves).

E nasce um amor entre João e Lara, para desespero do temível Coronel Pedro Barros (Gilberto Martinho), pai da moça e o todo poderoso da cidade, que era casado com a desmiolada, alegre e extrovertida Estela (Glauce Rocha – que deu um show de interpretação).

Glória Menezes, mais uma vez, foi aplaudida pelo público e pela crítica ao viver um personagem de tripla personalidade. É que a insegura Lara dava lugar à esfuziante e extrovertida Diana e à equilibrada Márcia. O público e o próprio marido da atriz, Tarcísio Meira, não escondiam a preferência pela espontânea Diana. No final da trama, Lara passou por um cirurgia e se transformou num misto de Lara com Márcia.

O jogador de futebol Duda (Cláudio Marzo), luta contra o ciúme de Paula (Myriam Pérsia), que não aceitava o seu amor por Ritinha (Regina Duarte).

Aqui a Globo uniu dois de seus pares românticos mais famosos na época: Tarcísio Meira e Glória Menezes, e Cláudio Marzo e Regina Duarte. Marzo e Regina sairiam antes do fim para estrelar a próxima novela das sete, "Minha Doce Namorada".

Durante a novela, Regina Duarte ficou grávida de seu primeiro filho, André. Janete Clair criou então uma gravidez para sua personagem, Ritinha, que ganhava um filha, Gabriela.

Também durante a novela, Glória Menezes teve meningite e ficou afastada mais de um mês - mas as gravações estavam tão adiantadas que ela nem chegou a sair do ar.

Na luta pelo diamante, que desperta a ambição de todo o povo de Coroado, Jerônimo acaba morrendo, ao lado de sua amada Índia Potira. Desesperado com a morte do irmão, João Coragem destrói o diamante que tanta desgraça trouxe para sua família. Ao mesmo tempo, o coronel Pedro Barros incendeia Coroado, num ato enlouquecido que acaba por unir o povo na reconstrução da cidade.

No meio de tudo, havia o belo amor de Brás (Milton Gonçalves) e Cema (Suzana Faini), um marco, pois na época um preto não podia beijar uma mulher branca na TV. Mas Cema foi estuprada pelo desmiolado Juca Cipó (Emiliano Queiroz). O perfil de Juca Cipó teve que ser alterado, pois as crianças passaram a gostar dele. Ele era meio débil-mental, mas muito violento no princípio. Tornou-se mais infantil e engraçadinho.

Daniel Filho, em seu livro “Antes que me esqueçam”, lembra que os telespectadores torciam para que o filho de Cema nascesse mulato e ela fizesse as pazes com o marido.

A trama se passava no interior de Goiás e tinha cenas que lembravam a dos filmes de faroeste, seus personagens conquistaram o público masculino numa época em que os programas favoritos dos homens ainda era o futebol. Novela era coisa para mulher.

A partir dessa novela, Janete Clair se tornou a número um da teledramaturgia brasileira. Sua obra ficou um ano e meio no ar e teve 326 capítulos. Mas ao contrário do que se pensa, Irmãos coragem não foi a mais longa novela já produzida pela Rede Globo (326 capítulos). Esse título pertence a uma trama anterior, também da Rede Globo: "A grande mentira", que teve 341 capítulos.


Foi o maior elenco jamais formado em uma novela. No primeiro capítulo, a abertura era com uma música instrumental, sem a letra, é claro. Porém, quando João descobre o tal diamante, o diretor Daniel Filho colocou no ar a versão gravada da música na voz de Jair Rodrigues: "Manhã despontando lá fora/Manhã, já é sol, já é hora/ E os campos se abrindo em flor/ E é preciso coragem que a vida é viagem/ Destino do amor/Abre o peito, coragem irmão!/ Faz do amor sua imagem e pão/ Quem à vida se entrega/ A sorte não nega seu braço, seu chão/ O rumo, a raça, a roda, o rodeio/ O rio, a relva, o risco, a razão/ Mas quem à vida se entrega/ A sorte não nega seu braço, seu chão/ Irmão, é preciso coragem/ Irmão, é preciso coragem...”. Foi um estouro de audiência. Nenhuma novela conseguiu, até hoje, alcançar o sucesso e ter a coragem desses irmãos.


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Camera do início das transmissãoes da TV Tupi
Uma das primeiras câmeras da TV Tupi, nos anos 50.
Aparelho de TV de 1936

A gigante da Panasonic
Durante a CES, em janeiro, a Panasonic saiu na frente a apresentou o maior televisor do mundo. O protótipo tem 103 polegadas (ou 2,6 metros) diagonais e usa a tecnologia de plasma para atingir resolução de 1.920 x 1.080 ppp.


Philips colorida em 1964

Preto e branco em 1939
Durante um evento na mesma cidade em 1939, a RCA apresentou o primeiro modelo norte-americano de TV monocromática. Doze anos depois, foi a vez da Philips (foto) e, em 1953, veio o modelo da Sharp.

lançamento do 1º magnetoscópio nos anos 50


INÍCIO


Em 1893, foi realizada no Brasil a primeira rádio transmissão da qual se tem notícia.
Em 1904 foi o início da criação dos projetos de transmissão de imagem à distância, a Televisão. Esse projeto pretendia ligar cidades, países e continentes através de imagens e sons.
Em março de 1935, inicia-se oficialmente a TV na Alemanha. Em novembro é a vez da França e em 1936, Londres, com a estação BBC. Em 1939, iniciam-se as transmissões nos Estados Unidos pela NBC. Em setembro de 1950, é inaugurada a TV Tupi no Brasil.
Em 1954, começaram as primeiras transmissões a cores.
A maior preocupação era o que fazer com os aparelhos em preto e branco, que já eram cerca de 10 milhões no início dos anos 50, após o surgimento desse novo sistema.
Para tanto, foi criado no Estados Unidos um comitê com o objetivo de colocar cor no sistema branco e preto, gerando as iniciais do nome do novo sistema NTSC - National Television Standard Committee.
Em 1967, na Alemanha, entra um novo sistema como variação para o americano, solucionando alguns problemas. Era o Phase Alternation Line – Pal.
No Brasil, a primeira transmissão a cores oficial foi em 1972.


Câmera de filmagem

1950
No Brasil, a TV tem sua pré-estréia em abril de 1950, após grande investimento em compras de equipamentos da RCA americana. Começa, assim, o problema de manter uma programação diária. Algumas horas antes da transmissão, uma das câmeras quebra. Eram apenas duas. O engenheiro técnico opta por adiar o início da transmissão, porém o diretor de arte decide ir ao ar assim mesmo. Tudo que havia sido ensaiado com duas câmeras seria feito com apenas uma, tornando o improviso a marca registrada da emissora.
Os sinais de transmissão só abrangiam os estados do Rio de Janeiro e São Paulo; determinando, portanto, o eixo Rio de Janeiro - São Paulo.


Estúdio

modelo de tv